terça-feira, 17 de novembro de 2015

Música referente a coincidência do dia!

Sosseguei ♪ - Jorge e Mateus

LETRA:


Tô virado já tem uns três dias
Tô bebendo o que eu jamais bebi
Vou falar o que eu nunca falei
É a primeira e a última vez

Eu sosseguei
Ontem foi a despedida
Da balada, dessa vida de solteiro
Eu sosseguei
Mudei a rota e meus planos
E o que eu tava procurando, eu achei em você

Se quer cinema eu sou seu par perfeito
Quer curtir balada já tem seu parceiro
Vou ficar em casa amando o dia inteiro
Dividir comigo o seu brigadeiro

E nessa vida agora somos dois, três, quatro
Quantos você quiser
A partir de hoje eu sou homem de uma só mulher



VÍDEO:


sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Citação do dia!

"Preferia o inferno das brigas, das rotinas, das reclamações, do que qualquer paraíso solitário e sem graça sem você."

- Meu passado me condena 2

Apenas mais uma de amor...

“… E então a ofereci uma carona após uma longa noite de aulas e mais aulas, ela meio tímida aceitou e me perguntou qual era a minha segunda intenção em relação ao convite feito? Eu apenas sorri e respondi: Gostaria muito de ter a companhia de uma pessoa tão bela que pudesse me escutar e discordar de mim na maioria dos casos, e não conheço mais ninguém com esse perfil além de você.

Então ao entrarmos no carro ela sorriu de canto ainda refletindo sobre a minha resposta, suponho eu, então exclamei: Atenção senhores passageiros, apertem os cintos e lá vamos nós!, o som da risada dela ao me ouvir exclamar isso foi uma das músicas mais belas que já tive o prazer de escutar em minha longa jornada nesta vida.

- Tudo bem? Podemos ir? - Disse ela.
- Depois de passar vergonha dizendo aquela bobagem de “… e lá vamos nós!” acho que podemos. - Respondi.
- Então vamos, piloto! - Ela ironizou.

Naquele momento eu já tinha quase certeza de ter encontrado a mulher da minha vida, não me lembro de sorrir tantas vezes numa única só hora como estava acontecendo ao lado dela. E sobre sorrir, já achei que tinha até enferrujado, mas simplesmente consegui dar o melhor deles no dia que a vi pela primeira vez e ela me chamou de “Wolwerine, o lobo solitário”.

Acho que pulei a parte de quando a conheci, então serei breve. Estudamos na mesma faculdade, eu no 4º período, ela no 1º. Ela era a caloura destaque, a mais linda que eu já tinha visto desde que entrei naquele lugar. Eu mal conseguia olhar em sua direção, primeiro porque já não estava muito afim de e apaixonar novamente e segundo porque: Quem era eu na fila do pão? Enfim, um dia eu descobri que ela era fã de cerveja, tanto quanto eu, e descobri isso encontrando ela no mesmo bar que eu frequentava porque era o mais próximo do Campus, e então conversa vai e conversa pronto, ela me chamou de “Wolverine, o lobo solitário”, juro que na hora eu quis sentar e chorar de emoção porque 1) Amo o Wolverine, 2) Ela disse algo que eu jamais imaginei escutar de alguém que tinha acabado de tomar uma cerveja e mal me conhecia, 3) Soou tão lindo saindo da boca dela que as duas opções acima já não faziam diferença, e eu só sorri, um largo e lindo sorriso.

- Então, já tem a companhia que queria e já estou te escutando. - Disse ela assim que saí com o carro.
- Certeza que quer me ouvir enquanto eu dirijo? - Perguntei.
- Você manda bem no volante, Wolverine. - Disse ela num tom irônico.
- Então vamos lá, Querida. - Ironizei.
- Então comece, não temos tanto tempo assim, são só 40 minutos e isso se você não correr mais do que deve, pé de chumbo! - Exclamou ela.
- Tá bom, tá bom. Vou começar! - Retruquei.

Então depois de uma pequena pausa para ultrapassar um caminhão com uma carga bem pesada, eu comecei a “filosofar”. Como ela gostava de dizer.

- Sabe, acho que na estrada, dentro de um carro, tudo parece ter um pouco mais de sentido… - Ela me olhou com cara de não entender nada do que eu tava falando, então eu continuei – Sério, quando estou em casa no meu quarto pensando na vida, tudo parece tão confuso e tão obscuro que a primeira coisa que eu quero é não estar ali, mas quando estou no carro, nada é igual, eu posso fazer o mesmo caminho várias vezes durante um dia ou durante vários dias, que nunca vai ser a mesma coisa, pode até ser a mesma estrada, mas os acontecimentos não são iguais. Por exemplo: Eu estava triste a dois dias atrás e o que eu fiz? Saí de casa, peguei o carro e dirigi pelas ruas da cidade sem ter muito pra onde ir, só queria ficar rodando aquelas ruas e nada mais, então de repente tudo que eu estava imaginando há horas atrás que me deixara triste, de certa forma já não me importava mais, é como se o fato de está dirigindo por aí procurando algo que eu não fazia a menor ideia do que fosse, me distraísse tanto a ponto de não fazer diferença meu estado emocional.
- Lobo solitário, esta sua filosofia de boteco tá me deixando mais confusa do que qualquer outra coisa e eu já nem sei bem do que estamos falando aqui, e eu discordo totalmente disso que de dentro do carro numa estrada a vida parece ter mais sentido, acho que é a distração que faz todo sentido nessa sua inútil tentativa de me fazer concordar com você em alguma coisa – Ela respirou fundo e continuou – Wolverine, continue, estava achando até interessante algumas partes, como por exemplo em que ruas esteve – Ela riu do que ela mesmo tinha dito.
- Você é muito babaca! - Exclamei – Mas eu vou continuar meu bom argumento até você concordar comigo.

Depois de uma pausa para pensar no que falar, finalmente estávamos no trevo, e tivemos que parar num posto fiscal para fiscalizações de rotina, o guarda muito simpático me pediu a habilitação e os documentos do veículo, e eu os dei com um sorriso de canto a canto, tentando parecer o mais simpático possível, e então depois dele conferir e conferir novamente, fomos liberados e continuamos nossa estrada.

- Bom – Disse eu finalmente – Como eu ia dizendo, depois de toda distração que aquelas voltas me causavam, meu estado emocional já não era mais o centro das atenções, e eu concordo com você que a distração pode ser o centro de tudo agora, mas ela só aconteceu porque eu me propus a sair por aí para me distrair. E do carro, tudo fazia mais sentido. Como agora, por exemplo, se eu estivesse em casa conversando com você…
- Seria super bom também, até porque seria comigo. - Disse ela num tom sarcástico.
- Como eu ia dizendo, novamente, se eu estivesse em casa com você, poderia até ser uma conversa agradável, mas o clima seria outro, nós não teríamos distração como por exemplo a parada no posto fiscal que nos rendeu belos sorrisos pelo fato de eu ter tentado parecer simpático.
- Está quase me convencendo, Wolverine. - Disse ela em um tom quase convincente.
- Então, convencida, digamos que a gente esteja mal, e resolva sair com amigos pra uma festa qualquer ou até mesmo no boteco da esquina, situações inusitadas aconteceriam, distrações também, mas seria só aquilo lá e o que talvez poderia ou não ter acontecido, mas se resolvesse sair com seus amigos estrada afora dentro de um carro, o som seria o que vocês quisessem que fossem, paradas na estrada aconteceriam, nem que seja pra abastecer num posto qualquer, você teria um milhão de possibilidades de começar e terminar a noite. E até que o início e a conclusão da mesma aconteça, tudo seria planejado dentro de um carro, num estrada por aí afora. - Depois de dizer isso, eu simplesmente tentei fitar ela com o canto dos olhos.
- Cara, dessa vez você realmente me convenceu, mas ainda preciso discordar de você senão essa viagem, dentro deste carro, não teria a menor graça e nenhuma distração que nos fizesse esquecer as merdas que aconteceram em ambas as vidas nas últimas semanas. Então discordo de você… É, acho que não discordo de nada não, pela primeira vez você usou bons argumentos para me convencer a pensar como você em relação a esta babaca filosofia de que de dentro de um carro numa estrada qualquer a vida tem mais sentido. - Disse ela parecendo surpresa.

Depois de colocar Cazuza pra tocar no carro, numa altura razoavelmente alta, percebi que a Dona Encrenca tinha cochilado, e segui a estrada pensando em como faria ela pegar carona mais vezes comigo, e ali naquele instante eu tive a certeza de que ela era mesmo a mulher da minha vida, porquê 1) Eu não conseguia não fitar ela com o canto do olho toda vez que podia, 2) Eu já quase não acelerava o carro, mal atingia a velocidade permitida, só pro trajeto parecer mais demorado e 3) Ela conseguia me fazer pensar em coisas que antes eu era incapaz sequer de notar que existiam, ela dava um sentido a minha vida.

- Chegamos, Querida. - Disse eu enquanto encostava o carro perto da calçada da casa dela.
- Nossa, Wolverine, você me deixou dormir um bocado, que horas são isso? - Ela disse meio sonolenta.
- Hora de neném dormir. - Respondi num tom de brincadeira.
- Vai se ferrar! - Ela exclamou e em seguida me deu um beijo no canto da boca.
- Na próxima dê o beijo mais pro lado. Apenas uma dica! - Disse.
- Quem sabe… - Disse ela enquanto sorria.

Então finalmente pude ir pra casa, depois de guardar o carro e olhar ao redor, resolvi que tudo faria mais sentido dentro do carro dirigindo por aí, então sem sossego, peguei o carro na garagem e dirigi pelas ruas da cidade, o que já estava virando um hábito nas noites em que tinha insônia, e então passando na rua perto da casa Dela, ela estava em pé na calçada, olhando na direção do carro com um sorriso no rosto. Então parei o carro ao seu lado e abri o vidro para falar com ela, mas ela foi mais rápida.

- Você tem razão, Wolverine, de dentro do carro, dirigindo por aí, tudo faz mais sentido, agora me faz um favor? - Perguntou ela.
- Qual? - Perguntei surpreso.
- Me diz de uma vez que me ama, porque aí sim eu concordo com você que de dentro do carro tudo faz, com toda certeza, mais sentido.
- Eu te amo!
- Eu também te amo, Querido! - Disse ela entre um beijo e outro - Mas sabe o que é mais complicado?
- O que? - Perguntei.
- Vou ter que mudar seu apelido, porque não é mais um Lobo solitário, e mesmo que não tenha me perguntado como eu sabia que passaria de carro por esta rua, eu apenas sabia que de alguma forma que você ia sair de carro nessa noite, porque você é muito previsível, e por causa disso vou te chamar de "Novela das nove". - Ela disse num tom de quem parecia ter acabado de fazer uma grande descoberta.
- Pode me chamar do que quiser, contanto que não me deixe nunca mais! - Disse eu meio surpreso comigo mesmo.
- Não vou te deixar, Novela das nove, até porque eu gosto de discordar de você e disse que me casaria com alguém que eu discordasse na maior parte do tempo. - Disse ela num tom de brincadeira.
- Felizes para sempre? - Disse eu em meio a sorrisos bobos.
- Como uma novela das nove. Felizes para sempre. - Ela respondeu- Felizes para sempre!

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