Há, basicamente, dois momentos difíceis num relacionamento: a hora de começar e a hora de parar, a segunda bem mais que a primeira, já que quando pretende iniciar uma vida partilhada com alguém o que mais vai te sobrar é empolgação, e acredite, sinto falta do meu "eu impolgante".
Acredito que por ter um jeito romântico incurável, eu sempre acabo me ferrando bem mais do que minhas parceiras, não julgo como seja o mundo para elas, mas sei exatamente o mundo como é pra mim, e o mesmo é tão dolorido que me pergunto quando eu vou entender que na grande maioria das vezes a chave está em não começar...
Não sei o que é mais dolorido, se é quando você tem certeza do fim, ou o caminho até essa certeza chegar, tudo é muito confuso e tudo machuca, e você fica se perguntando onde errou, e sabe qual a pior de todas as respostas? Quando você não errou, simplesmente deixaram de sentir por você o que antes sentiam, e, meu amigo, isso acaba com a vida de qualquer um, pelo menos momentaneamente.
Duas coisas incríveis na vida é quando você percebe que pode fazer alguém feliz e se fazer tão feliz que descobre um mundo a sua volta que sempre esteve ali e você não conseguiu enxergar. Caro amigo, a vida é uma caixinha de surpresas e tudo que você pode fazer nesse jogo, é jogar e deixar que as coisas aconteçam como tem de acontecer, e quando se decepcionar? Olha pra cima, amigão, tem um céu que não deixa de ser azul após as tempestades e não deixa de chorar quando a chuva cai, porque apesar de dolorido ele sabe que precisa seguir em frente pois sempre há alguém que precisa assistir um novo pôr do Sol.
Agora levanta o corpo da cama, joga essa tristeza para o lado, conversa com seu parceiro ou sua parceira e decida um futuro pra si, pois no final das contas a gente acaba entendendo que só conseguimos fazer o outro feliz quando, primeiro, somos felizes por si só.